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Acesso aos bens essenciais e expansão do comércio eletrônico

Por SÉRGIO FISCHER | PRESIDENTE EXECUTIVO DA LOG COMMERCIAL PROPERTIES 

A chegada do novo coronavírus ao Brasil mudou a maneira como trabalhamos, nos relacionamos e também como consumimos. Vimos diversos setores e empresas unindo esforços para reagir diante dessa inesperada crise que ainda não tem data estipulada para acabar. A sociedade como um todo teve que se reorganizar e o acesso aos serviços essenciais contribui para que a população possa continuar em casa pelo tempo que for necessário.

Hoje temos visto uma mudança no consumo das pessoas, bem como no mix de produtos, muito em função deste cenário. As pessoas efetivamente têm consumido mais através do e-commerce e se preocupado neste primeiro momento com produtos de primeira necessidade, tais como alimentação, higiene pessoal e fármaco, segmentos que apresentaram os melhores crescimentos do período. Neste sentido temos visto um cenário positivo de mudança cultural e com uma tendência de perpetuidade.

Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCCOM), houve um aumento de 30% nas vendas pela internet em abril, com uma constatação de milhares de consumidores realizando sua primeira compra online. A quantidade dos pedidos feitos no período aumentou nos últimos dias, apesar do ticket médio ter diminuído, e estima-se que o e-commerce ganhou ao menos 4 milhões de novos clientes, que devem manter essa modalidade de consumo mesmo após a crise.

Os esforços conjuntos de toda a cadeia de serviços essenciais possibilitam que pessoas possam receber os produtos e alimentos que necessitam na comodidade do lar. Diversos são os envolvidos para que isso aconteça e os setores essenciais têm feito a lição de casa. Houve uma readequação na política das empresas, além de uma maior conscientização e preparação de funcionários que estão atuando nessas áreas para garantir a segurança de colaboradores e consumidores.

E um dos setores que está protagonizando essas transformações é o de logística. Em uma situação de crise como a que estamos vivendo, o papel fundamental do setor se torna ainda mais evidente. A logística permite que o país continue funcionando minimamente, sendo a responsável pelo fluxo de mercadorias que irá abastecer o consumidor final.

O setor de galpões logísticos, onde as empresas mantêm o armazenamento de produtos e realizam todo o processo de separação, conferência e distribuição, aliás, tem tido um bom desempenho com a crise do coronavírus, visto que os principais locatários são empresas que não estão sendo afetadas negativamente pela pandemia, como alimentos e bebidas, bens de consumo, farmacêuticas e comércio eletrônico.

O abastecimento é importantíssimo e precisa continuar. Enquanto o quadro de incertezas permanecer, o funcionamento do fluxo de produtos é imprescindível para não deixar a economia entrar em colapso.

A boa notícia é que as demandas relacionadas à logística continuam crescendo, dando um sinal de que o setor sairá fortalecido dessa crise. O setor de e-commerce também colherá frutos.

Atualmente o comércio eletrônico brasileiro tem apenas 5% de market share no país. Parte disso se deve à falta de infraestrutura logística. Grandes empresas do segmento precisam estar bem instaladas para que possam garantir uma entrega segura, rápida e eficiente aos seus clientes de maneira contínua, inclusive prevendo a consolidação da modalidade de compra online após a quarentena.

O momento, no entanto, é de termos empatia e cuidarmos da saúde de todos, especialmente daqueles que estão trabalhando arduamente para que o mercado continue abastecido. A LOG CP, por exemplo, adotou medidas de prevenção em todos os seus condomínios logísticos, como contratação de técnico de segurança do trabalho ou de enfermagem para orientar e cuidar dos colaboradores; medição de temperatura; intensificação dos serviços de higienização; espaçamento entre funcionários; suspensão do uso de biometria, entre outras medidas.

Toda crise demanda transformação. E o momento é de cautela, num cenário preocupante. A busca por soluções alternativas impostas pela crise, que estão ajudando o país a enfrentar este período, com certeza, trará bons frutos para o nosso futuro.

 

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